segunda-feira, 6 de julho de 2009

mãos.

Inquietas,
tentavam pela enésima vez estalar os dedos que já que se quase quebravam sobre a superfície de madeira.
O barulho dos dedos no banco era o único que se ouvia naquele local sacro, sagrado.
Seus pensamentos entraram numa tormenta que apenas o silêncio tornou possível.
Arrepiava-se e não era o frio, era algo.
Alguém.
Maior, tinha certeza.

Procura em si mesmo a crença, sabe que a fé existe, ela é essencial.
E será cada vez, cada vez mais, e mais essencial.
É preciso se encontrar numa geração tão perdida, louca, a qual se sente cada vez menos encaixado.
Deseja a sabedoria.
A sabedoria o agracia com a ignorância de não saber.
O dever de viver a vida por viver.
O prazer, o medo, de viver a vida por viver.

Olhou novamente para suas mãos.
Pareciam inchadas, pareciam já mais velhas,
mãos que tinham alguma história.
Percebeu que o tempo passava pra ele também.
Decidiu-se.

Toca àquela que mais ama, e sempre amará.
E não deseja mais nada naquele momento, do que seu colo.
Ela é tão mais forte, tão mais sábia, agradece por poder ouvir àquelas palavras.
Entende porém, que ela também é humana.
Mas ela é certamente um humano a se destacar.
Quer que ela saiba que ele não é só mais um daquela juventude perdida.

Exercita sua fé acima de tudo.




Ps: Feliz aniversário Zeca.
Ele nunca vai ler isso, mas só pra registrar que eu gosto dele só pra porra.

Um comentário:

Laah disse...

i'm shaking!
muito bom Mi..


obs.:espero que o Zeca descubra que vc tem um blog