terça-feira, 7 de julho de 2009

hoje eu quero sair só.

Hoje eu me olho e vejo a insegurança.
Caminho em passos indecisos por onde vejo pessoas que parecem tão decididas.
Vejo em volta de mim um grupo da qual não sei se pertenço.
Sinto que a vida é um trilha para ser seguida solo.
Algo dentro de mim sabe que seremos cada vez mais tristes e solitários daqui para frente.
Tenho tanto medo.
Acho que até posso sentir o gosto dele quando não o sai da minha cabeça, pude sentir nos grãos de arroz e na água que bebi.
Pude sentir na ausência.

Hoje irei dormir só.
Como nunca estive.
Só de alma, longe de todos.
Não pude hoje sentir a tranquilidade, apenas o medo.
Não pude hoje apreciar da paz, apenas do azedume do mundo exterior.
Me encontro nessas palavras para passar minha aflição, que surgida de maneira inesperada numa tarde vazia, resolve me atormentar como poucas já me atormentaram.

Na minha imagem no espelho enxergo o cansaço de um mente sem descanso.
Enxergo a insegurança do pessimismo.
Estou atrás de uma paz inalcansável e da qual o tempo só tornará distante e utópica.
Veem em meu rosto a solidão, a indecisão.
Para que serve isso com o que acordei hoje, esse peso na alma, essa tempestade metafísica da qual não consigo esquecer?

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