sexta-feira, 3 de julho de 2009

interno.

Tenho agora minhas entranhas num embaralhar sem fim.
Um curral no qual se debatem cabeças e chifres.
Sinto um enjoo brando de mistura de Coca e algumas fatias de pão.
Minha cabeça certamente não está aqui, ou será meu coração, ou será o lugar onde se é capaz de sentir.
Ele está em mnutenção, longe, ou zombando de mim.
Sinto o suor frio.
A inquietação das próprias pernas que se mechem sem se locomoverem.
A mão que digita é levada a boca mais do que as palavras que escreve dali saem.
Vomita no espaçao branco, infinito, o que realmente não pensa,
pois não pensa.
Quer agora esquecer da angústia, ouviu agora há pouco o seu próprio medo.
E sente agora, mais que tudo, ele próprio, temeroso, debruçando sobre suas costas e alarmando seu pensamento.
Melhor, apagando seu pensamento.
Insegurança.
Indecisão.
Inquietude.
As mãos vomitam do coração a palavra 'estúpido'.
Passam-se minutos e percebe que em nada pensava.
Adianta-se a admitir que aqui só escreve porque procura por meio desses ínfimos argumentos alguma conclusão.
Ele precisa entender o motivo pelo qual se encontra dessa maneira.
Ou na verdade o sabe, mas teme que esteja certo.
Quer errar.
Quer que a lágrima prestes a sair volte ao olho.
Quer repitir as mesmas palavras, alto, com eloquência.
Percebe que se corrói na própria omissão, mas ué, não as ja sabe? Já sabe que aquilo tudo é verdade, que na verdade foi só um mal entendido, que ele, por deus, gosta tanto que é capaz de tanto por tanto.
Arrepia-se, é o frio.
Não, é o pensamento. Inútil frente ao passado.

Percebe claramente que mudou o foco narrativo,
dane-se.
Talvez esteja tentando curar o além de si.

passam-se 10 minutos.
o mundo passa por sua cabeça.
as chances, possibilidades, o futuro.
ele não se importa,
life is now.

Our time is now.
Mine and yours.
Our love is now.

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