sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Me instiguei.

O que são os jovens de hoje?
Será que ainda podemos entoar como hino o mesmo dos anos 80, o mesmo entoado por Renato Russa, somos ainda parte da Geração Coca-Cola?
Nossa geração nasce ja´contestando a Coca-Cola.
Nossa geração sabe que a Coca-Cola, um refrigerante que compravodamente faz mal ao nosso organismo, engorda e não traz saúde, é o símbolo da massificação cultural, é o síbolo da alienação.
Sabemos que Coca-cola pode desemtupir pias, que Coca-Cola possui uma concentração de açúcar totalmente sem noção, que aquilo é um veneno.
Mas bebemos Coca-Cola.

Bebemos a Coca do mesmo jeito que engolimos tudo que nos cerca, que engolimos informações, produtos, roupas. Já está na nossa cultura o consumo, já é parte de nossa vida, fato.
Somos filhos dos que viveram a segunda metade do incrível século XX. Filhos daqueles que presenciaram a queda do Muro de Berlim, que sentiram a agonia da iminência de uma geurra atômica, que viveram sob ditaduras.
Filhos dos que lutaram pela informação, pela opnião, pela democracia.

Nascemos já com democracia, com informaçãoe sem opnião.
E não a temos.
Não temos motivos para tê-la. Não temos motivações para pensar, contestar. Somos produtos ingratos e insaciáveis de uma geração batalhadora e contestadora?
Como deveríamos nos sentir então?
Deveríamos desprezar o passado, materializar nossos pensamentos em uma marca? Fundamentar nosso pensamentos a partir do modelo capitalista?
Não que o problema seja o própria modelo econômico, mas é epistêmico saber que ele rege a própria organização geopolítica mundial.

Sentimo-nos rei dos nosso próprio umbigo quando nem deles somos dono.
Os jovens flutuam, são poucos que às vésperas de um vestibular, dos seus 17 a 20 anos, tem seus pé fixos no chão. Pouquíssimos ainda os que olham pra frente, tem visão de mudança e lutam. E pensam. E lutam.
Não lutam.
A luta é cada vez mais complicada, tanto de se executar quanto de se discutir.
Sei que é necessária.

Pensem pelo menos, ponham seus pés no chão. Esqueçer por um momento as coisas, as marcas e a própria Coca-Cola e olhar para as pessoas que nos cercam. Observar as relações que se estabelece e ser autêntico.
Seja autêntico, sobretudo.
Se for pra tomar Coca-Cola, no entanto, tenha propriedade disso.
Não se inclua.
Se destaque.
A autencidade é o primeiro passo para a compreensão interior, sendo verdadeiro sompreende-se facilmente o que se pensa. Dissimule e tenha incertezas sobre si mesmo, sobre até porque você está tomando essa Coca-Cola.
Sobre até porque você leu esse texto.

Se te instiguei, me satisfiz.
Somos talvez um geração perdida, a transição entre a contestação e a definitiva acomodação e emburrecimento do ser humano.
Somos os últimos seres humanos selvagens.

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