O corpo anda meio pesado.
Cansado, mas com o cansaço sempre esteve acostumado.
Pressão?
Não, isso ele sabe que não é nada perto de outras situações. Sabe que não é nada mesmo.
Sentado, lendo jornal, sozinho, em um bar em que vivera talvez as melhores de suas conversas.
Familiarizava-se.
Sentia-se bem, bem de verdade, o frio, chuva, e o próprio cansaço típico do momento até eram fatores positivos na situação.
Agora os olhos pesam, junto ao corpo.
O corpo não reclama, sabe que faz o que pode pra cuidar dele.
A mente entende, talvez não seja o ápice do desfrutamente de prazeres, mas de outros talvez.
Talvez a mente tenha tido tempo pra parar de pensar, e de imaginar um pouco, de conjecturar e talvez tenha até mesmo dado um tempo ao próprio tempo, coisa de que nunca gostou de fazer.
Será ele, o tempo, que estará ao seu lado?
Não, claro que não, soube que nunca terá o tempo como companheiro, será o eterno inimigo, até mesmo no que escolheu com exercício de profissão, que se baseia no 'adiamento'.
Enfim, daonde vem esse peso?
Seria a própria consciência amadurecendo?
Talvez.
Mais provável seria a calma, a preponderação dos atos.
Aprender finalmente tal virtude, pensar antes de fazer?
Pensar o que?
O que sempre pensou?
Perde a paciência, a pouca que tem.
Quer apenas tempo para desvituar, e isso não significa fazer mil loucuras, com mil pessoas e ter mil histórias hypes para contar.
Siginifica ouvir um boa música ou ter um boa conversa, dar um boa risada.
Sentar no chão e contar causos, ouvir outros, falar uma ou duas opniôes e sentir que aquilo é enriquecedor.
O peso é enfim, o ano que se acaba um pouco depois dos normais, as obrigações que ainda estão por aí e os relacionamentos que se tornam mais densos, as feridas da alma que se tornam mais profundas.
O importante é manter a postura.
'Vai passar/ nessa avenida o sampa popular...'
ah chico.
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